Minhas Resenhas Cinematográficas
SIM, SENHOR (Yes, Man - EUA, 2008)
Se há analogia possível de se fazer entre o mundo real e o mundo do cinema, esta diz respeito à boa forma: tanto nós, espectadores, como eles, estrelas, devemos, na medida do possível, seguir um programa de exercícios para não perdermos nossa habilidades, capacidades e desempenho ao longo do tempo, mesmo em algo que já possuímos larga experiência.
Também, dentro do que nos é factível, renovarmos nossas idéias, buscarmos novas fórmulas, etc...
Utilizei a introdução acima para analisar o desempenho de Jim Carrey no filme SIM, SENHOR (Yes, Man, EUA, 2008), atualmente em cartaz. Quem não assistiu ainda, ao deparar-se com a sinopse, verifica que de certa forma ela é bastante similar a "Todo Poderoso", no sentido que põe um ser humano comum à frente de dilemas existenciais: como produzir melhor qualidade de vida recorrendo à receitas mirabolantes e excêntricas. Por outro lado, parece que, em termos de diversão pura e simples, o protagonista (que vive um burocrático funcionário de banco, chamado Carl Allen, responsável por aprovar/desaprovar linhas de crédito a micro-empresários), está a anos-luz de Bruce Nolan , o maluco repórter de "Todo Poderoso": em suma, parece ter "perdido a forma" e não se reciclado.
Há sacadas criativas, indubitavelmente, como na cena em que, utilizando-se de alguns materiais de escritório, caricaturiza a figura de uma das personagens de "Harry Potter", bem como também a importante e ótima aparição de Terence Stamp (quem não lembra do marcante e cruel general Zod, em Superman II?), aos moldes de um novo Morgan Freeman quanto ao seu papel na produção.
Afora tal análise crítica quanto ao propósito-chave do filme (comédia/fazer-nos rir), vale citar também o meritoso trabalho de demonstrar que existe probabilidade de mudança de vida pela mobilização e assistência aos mais carentes (seja ela de forma inusitada ou não). E, claro, constatar que, diferentemente do mundo real, um filme americano torna mais fácil a reprodução dos desejos humanos somente pela força do pensamento. Sabemos que pensamento e reflexão quanto às nossas atitudes é importante, porém o mudar, o famoso "fazer o que der na telha", é muito mais complexo dentro da vida atribulada que nós levamos.
Este é um filme que edifica este aspecto, oferece esperança, expectativa e mostra um lado até exótico (quase inexistente) da relação patrão-empregado: o lado honesto e verdadeiro.
Por isso, no cômputo geral, assim como qualquer outro filme hollywoodiano, Sim Senhor merece ser visto, já que nos propicia quase 2 horas de momentos de vida que cada um de nós (ou a maioria), desejaria ter.
Qualquer produção, mesmo não atingindo 100% de seus objetivos, nos deixa sempre algum aspecto relevante a guardar.
Segue abaixo uma pequena ficha técnica do filme:
Sim, Senhor (Yes, Man) - EUA, 2008 – 104 minutos
Direção: Peyton Reed
Roteiro: Nicholas Stoller, Jarrad Paul, Andrew Mogel
Elenco: Jim Carrey (Carl Allen), Zooey Deschanel (Allison), Bradley Cooper (Peter), John Michael Higgins (Nick), Rhys Darby (Norman), Danny Masterson (Rooney), Fionnula Flanagan (Tillie), Terence Stamp (Terrence Bundley).
Até a próxima postagem, pessoal!!!
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