Minhas Resenhas Cinematográficas - Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption)

Boa tarde, pessoal!

Bem, este filme dispensa comentários.




Obra-prima, um dos mais espetaculares que vi, atual mesmo sendo produzido há mais de 15 anos, "Um Sonho de Liberdade" é um show de interpretação e roteiro.

Segue a resenha que desenvolvi para ele.




"Capturar o aspecto humano de superação, tomando um evento traumático e injusto como fortaleza para demonstrar que uma essência de retidão, caráter e humanidade ainda existe, parece ser o mote deste espetacular filme, que nenhum cinéfilo cansa de assistir (a não ser aqueles que não gostaram, e... gosto não se discute).

Mas a hipótese acima parece ser remota, por conta de termos o melhor do roteiro e direção nesta obra-prima. Ela busca, mais do que reparar um erro grave, transcender e exibir duas facetas antagônicas do ambiente prisional: a que redime e a irrecuperável.

Tim Robbins vive Andy Dufresne, um banqueiro rico que é acusado de assassinar sua ex-esposa e amante. Ao ingressar na prisão de Shawshank, foge do estereótipo padrão dos detentos locais, já pela sua alcunhada “cara de rico”, segundo Ellis Redding (vivido por Morgan Freeman). Sendo assim, na turma de Red (apelido dado a Ellis), muitos apostavam que, com base neste aspecto, sua resistência psicológica atrás das grades iria ruir, algo que não aconteceu.

Na verdade, à medida que o tempo vai passando e desenvolve-se o chamado “rapport” entre Dufresne e Red, extrai-se do banqueiro um espírito diferenciado, repleto de atos de generosidade e de abstração, permeados por uma obstinação em tentar reparar a ação do tempo, desenvolvendo ações efetivas para a melhoria da qualidade de vida na prisão.

Talvez o elemento mágico, encantador e cativante esteja realmente ligado a isto, mas não pelo aspecto externo e sim, interno: a revolução das estruturas, a quebra de paradigmas e a crença de que a liberdade deve começar pelo interior, pois paredes de pedra, guardas desalmados e um diretor corrupto (que impõe como regra não blasfemar, mas ele próprio está desalinhado com esta máxima), não parecem estar à sua altura.

O filme permeia o suspense, extensão do aspecto discreto e sorumbático de Dufresne, com a
decepção das inúmeras condicionais negadas a Red e a comoção da personagem de Brooks, melhor entendida durante o desenrolar da trama. Ironicamente, por ser baseado em uma história de Stephen King, o mestre do terror, elementos mais fortes deste gênero deveriam, em tese, fluir, mas não há tanta margem assim para isso, devido à abordagem totalmente humana e psicológica da produção.
É indispensável assistir e analisá-lo. Gostar? Não obrigatoriamente, mas reconhecer a sua importância na história do cinema parece ser denominador comum a todos os críticos."

Até a próxima postagem, pessoal.

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