"Truman – O Show do Marketing?"

Uma das atividades iniciais da disciplina de Mercadologia, consistiu em realizarmos uma análise, sob o ponto de vista de marketing, de uma obra cinematográfica qualquer, exibida em cinema ou então disponível para locação ou venda em DVD. Dentro desta proposta, escolhi um filme que já havia assistido por duas vezes: "O Show de Truman - O Show da Vida", por reunir vários elementos relevantes durante o desenvolvimento desta disciplina.

Assim sendo, segue abaixo a análise feita e que será entregue no dia 04 de março de 2009.


Truman – O Show do Marketing?
"A vida consiste em uma plêiade de oportunidades e da capacidade de identificá-las.
Os seres humanos demandam produtos, serviços e até mesmo a realização de idéias projetadas em seus subconscientes. Neste sentido, o marketing torna-se vital, já que um de seus processos básicos consiste em justamente entender o mercado e as necessidades e anseios dos clientes.
Se a segmentação de mercado é uma das premissas básicas neste esforço, o filme "O Show de Truman – O Show da Vida", captura este conceito com maestria, porque estabelece o "lugar perfeito", com "pessoas perfeitas" como cenário.
A questão central, dentro deste escopo é: ao mesmo tempo em que constata-se a concretização da estratégia da satisfação das demandas dos consumidores (no caso, os "habitantes-atores" de Seaheaven, a "cidade-cenário"), em termos de uma vida perfeita de alimentação, vestuário, abrigo e segurança, há uma latente falta, por parte do protagonista (Truman Burbank), de alcance e consecução de necessidades sociais e individuais, a partir do momento em que depara-se com sinais evidentes ou subliminares de uma rotina, aparentemente inquebrável.
A orientação de marketing, abordada por Keller, descrevendo a chave para a eficácia pela agilidade na entrega, criação e comunicação (de um mundo perfeito, dentro de sua absoluta normalidade, em relação aos clientes), constitui-se numa grande antítese aos reais anseios da estrela do show (Truman). Porém, é a pura realidade dentro do mundo exterior, acompanhando-o desde seu nascimento, até os dias atuais (mais de 10 mil percorridos) e consumindo produtos associados a esta grande "marca global". Talvez isso se explique também, dentro do que preceitua o chamado marketing proativo, já que a mega-corporação liderada por Christof (Ed Harris), aprendeu a sondar o mais profundo da expectativa humana e converter isso em capacidade de fixação desta grande marca.
Um tanto quanto duvidosas, extremamente forçosas e suscitadoras de dúvidas, porém, foram as seguidas intervenções da esposa de Truman, na tentativa de propagandear certas linhas de utensílios domésticos. Os itens em si, a propósito (como facas e cortadores de grama) acabaram frustrando o desenvolvimento do marketing de produtos, vital para a manutenção da "novela da vida real", por justamente terem sido mal-apresentados, em momentos inoportunos, mas principalmente porque acabaram sendo ofuscados pelo carisma de quem era o foco principal do show.
Ironicamente, dentro do segundo tipo de marketing abordado em nossa disciplina (serviços), o exemplo mostrado em aula é divulgado às avessas. A estratégia da empresa (no caso, a pequena agência de turismo local), reside em refutar o idílico sonho de Truman, no que diz respeito a viajar com destino a Fiji (suposto local de residência de sua amada), pelo uso de mensagens assustadoras e pela indisponibilidade temporária de um serviço.
Também há a possibilidade de considerarmos, mesmo não havendo uma mensagem puramente explícita a respeito disso, que "O Show de Truman" consegue retratar e incutir em nossa mente o marketing de causa, porque mostra um cenário de harmonia, organização impecável, respeito ao próximo, além do indefectível bordão: "um bom motorista usa sempre o cinto de segurança."
Em suma, por ser tão rico em exemplos alusivos à prática do marketing, como a segmentação, verificação de público-alvo, análise dos compostos de marketing (produto, preço, distribuição e promoção) e possibilitar uma análise perante este foco, "O Show de Truman – O Show da Vida" torna-se um emblema moderno de um "Big Brother" interplanetário, à moda do livro de George Orwell (1984): uma pessoa é obsessivamente observada por um mentor totalitário, que tem a intenção de torná-lo uma grande "trademark" e, acaso seus passos sejam dados fora de um padrão já engendrado, os "agentes do Estado" (habitantes de Seaheaven) desencorajam e tolhem suas intenções."
Espero que gostem do texto.
Até a próxima postagem, pessoal.

Comentários

Luan Vaz disse…
hahah... é eu adorei seu post
vem cá... vc por acaso não é professor não é ?
o fato é que meu professor de MKT pediu que fizessemos exatamente o que vc fez... ele em sala de aula fez com que vissemos o filme, e após isso pediu para que relacionassemos o filme com os conceitos de MKT e tudo que haviamos pedido..
achei seu texto excelente, e em muitos pontos vi o conteudo ideial para a redação que ele nos pediu... no entando é claro que não vou plagiar, nem tão pouco pegar fragmentos de seu texto...
só quero mesmo parabéniza-lo e agradecer por ter me expandido horizontes qnto a escrver o meu texto
abrç..

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