Processo Criativo

PRODUÇÃO EM VÍDEO


Este vídeo foi produzido em grupo, para fins de trabalho bimestral da disciplina de criatividade, no 4º Período de Design Digital - Noturno - 2009.

Espero que todos divirtam-se, já que a intenção era realmente dar asas à criatividade.





A raiz do processo criativo está contida no relatório abaixo (em anexo, o texto integral):


"De acordo com os critérios apresentados pela professora Gloria, buscamos verificar primeiramente se deveríamos decidir a respeito de uma música ou de uma obra cinematográfica para tomarmos como base para o trabalho.

Nas primeiras conversações ("brainstorms"), aventamos a idéia de realizar uma espécie de paródia bem-humorada de um filme clássico da década de 1980, chamado "Um Diretor Contra Todos", estrelado por James Belushi.

"Rick Latimer (James Belushi) é um professor que consegue o emprego de diretor da Brandel High, uma escola com péssima reputação. Na verdade esta transferência foi um castigo, por Latimer ter agredido o namorado da sua esposa, apesar de Rick e sua mulher já estarem em processo de divórcio. Os alunos da Brandel são na maioria afro-americanos e latinos e vários já foram expulsos de outros colégios. Jake Phillips (Louis Gossett Jr.), o chefe da segurança da escola, logo ensina para o novo diretor como as coisas funcionam em Brandel. Porém Rick não quer aceitar de forma nenhuma que o colégio continue sendo um antro de violência e vendas de drogas. Ele reúne os alunos para uma assembléia e diz que toda a bandalheira reinante em Brandel acabou. Isto faz com que alunos mais rebeldes de revoltem, especialmente o violento Victor Duncan (Michael Wright), que é chefe de uma gangue."

Fonte: http://www.filmesdecinema.com.br/filme_um_diretor_contra_todos_1509.html

A propósito, as personagens centrais da trama são o Diretor Rick Latimer (James Belushi), o "bedel" Jake Philips (Louis Gosset Junior), a professora, Srta. Orozco (Rae Dawn Chong) e o vilão Victor Duncan (Michael Wright).

Alguns vídeos, contendo algumas partes do filme, foram acessados pelos seguintes links:

http://www.youtube.com/watch?v=gt_L2mFiHvg&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=6pg_3J6oRhE&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=FHOTlCAewBs&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=Aa1tUGksOOc&feature=related

Havia inclusive a idéia inicial de usarmos o prof. Elwyn nas filmagens (pois elas fariam alusão a ele), mas discutimos se isso realmente poderia ser feito. A idéia seria mostrar um lado mais engraçado, não enfatizando tanto a violência e o preconceito que o filme tem (afinal a professora estabeleceu critérios para a realização), para mostrarmos basicamente que, mesmo cercados de uma situação supostamente ruim (violência, desinteresse dos alunos, indisciplina), a situação poderia ser resolvida com muito bom-humor.

Esta paródia teria o sugestivo nome de "Um Diretor a Favor de Todos" e teria como base a cena em que o diretor confronta a platéia de alunos rebeldes e expõe a linha de conduta que desejaria ter frente ao colégio Brandell daí em diante. Ao invés de usarmos literalmente a cena (em que ele é xingado, questionado e até mesmo demonstra medo perante a multidão, tendo o clímax do confronto frente-a-frente com o vilão Victor Duncan), faríamos uma espécie de "refilmagem", enfatizando o lado bom do relacionamento entre diretor/alunos.

Foi aventada uma segunda vertente para o roteiro do vídeo, aproveitando uma idéia apresentada pelo Flávio, na qual usaríamos o clipe da banda Pearl Jam, chamado "Do The Evolution", para reproduzir o conceito de evolução, desde um enfoque trágico, recheado por mazelas e desmandos proporcionados pela ganância do ser humano, até a redenção total, após uma série de tentativas mal-sucedidas de organizar a vida. Aproveitando também o filme em si, pois sua temática passa por uma personagem de comportamento conflituoso na sua vida pessoal, mas que ao mesmo tempo procura colocar uma aura de ordem no que faz. E que é colocado num dilema: dirigir uma das piores escolas secundárias dos EUA, Brandel, repleta de meliantes.
Ou seja, passa-se do pior cenário, para o melhor, gradativamente, à medida que o filme se desenrola.

Sendo assim, os clipes que estão abaixo relacionados, foram levantados e considerados como úteis para nossa composição, assim como um, referenciado particulamente pela Luciana, do muro sendo gradativamente "pichado", mas de uma forma criativa e pressupondo um caminho, uma continuidade evolutiva. Ou seja, uma metáfora do caminho produtivo e lúdico, enfatizando a educação e a produção artística como um caminho para embelezar não somente as nossas cidades, mas nossas mentes.

http://www.youtube.com/watch?v=bMB8vv18ehE&feature=related - Footloose (Kenny Loggins) - Redenção
http://www.youtube.com/watch?v=vORYIaKiD_4 - Heaven Helps The Man (Kenny Loggins) - Conflito, expectativa.
http://www.youtube.com/watch?v=W69SSLfRJho - Life Goes On - 2pac - Evolução
http://www.youtube.com/watch?v=2SLWzZoDmhg&feature=related - Time of My Life (Dirty Dancing) - Redenção
http://capinaremos.com/2009/03/50-animacoes-em-stop-motion/4/ - Stop motion, pressupõe uma trilha, um caminho.

Na troca de mensagens, percebemos também que o lado criativo e divertido deveria ser enfatizado no trabalho, já que as aulas práticas ministradas na disciplina de Criatividade estimulam a melhoria dos sentidos, a sinestesia, a conjunção de todos eles. E que talvez a melhor saída para o trabalho fosse realmente a criatividade, sem preocupar-se com tantos formalismos.
Isto posto, havendo dúvidas sobre como estimular a veia criativa em nosso trabalho, buscamos atendimento em 16 de março para termos idéias a considerar, com a prof. Glória, a qual sugeriu o uso de figurinos dos anos 80 e a reprodução de cenas que refletissem alguma ação que fosse desejada dentro de nosso subconsciente, mas que, por conta de determinados formalismos e até restrições de tempo/espaço, não pudesse ser reproduzida, como por exemplo:

- Algum dos nossos componentes agindo como um grande pintor do Renascimento e sendo filmado desta maneira.
- Algum dos nossos componentes do grupo agindo como um grande admirador de carros e imaginando-se dono de vários deles, possantes e caros.

Tudo isso adaptado à moda dos anos 80.

Enfim, todo o processo baseou-se num celeiro de ideias.

Mesmo as ideias anteriores sendo boas e abordando temas interessantes, nós achávamos que ainda não era exatamente o que gostaríamos de transmitir. Nós consideramos que para o Curso de Design Digital, a disciplina de Criatividade e o público final, o vídeo deveria adotar um estilo mais leve e engraçado, e que permitisse utilizar as habilidades que o grupo possui.

Dentro desse conceito, imaginamos que uma simples história seria a base para toda a produção do vídeo: o vilão roubaria a jóia da mocinha e o herói derrotaria o vilão salvando a jóia e entregando para a mocinha. Podemos justificar a nossa infância repleta de super heróis como referência para a criação de todo o conceito do vídeo. E a música que mais se encaixou com a história foi "Made in Japan" do Pato Fu. A partir disso, começamos a estudar como o vídeo seria desenvolvido já que não tínhamos muito tempo e recursos para a produção.

Com apenas um fim de semana livre para a prática, dentro do grupo foi sugerido gravarmos no Parque do Ibirapuera, um ambiente mais descontraído e que combinava com a ideia principal, mas devido aos horários dos integrantes e do tempo nublado e chuvoso, decidimos que a locação mais apropriada seria na própria faculdade.

Escolhido o local, começamos a definir as personagens e em qual papel cada um dos integrantes se encaixaria melhor. No início, seria apenas a mocinha, o herói e o vilão, mas como o grupo é formado por 5 pessoas e seria mais interessante que todos participassem, criamos mais 2 personagens para a história: o português e o mexicano.

Definido os personagens e os atores, começamos a pensar nos figurinos. Devido ao tempo e aos custos, decidimos usar peças vendidas em lojas de fantasias que são encontradas na 25 de Março. Com as fantasias em mãos, começamos a gravar a história.

Quando imaginamos a história, foi montado um roteiro com a seqüência das cenas mas durante as gravações, ideias foram surgindo e junto com a atuação dos integrantes, foram enriquecendo ainda mais a história. A próxima etapa foi a edição das cenas que, unidas com a música escolhida, resultou em uma narração bem estruturada e cômica, lembrando até os antigos filmes mudos.

Como tínhamos produzido algumas cenas fora do roteiro e fotos de cada personagem, aproveitamos esse material como um extra no final do vídeo ao som da música "Uh, Uh, Uh, Lá, Lá, Lá, Ié, Ié" também gravada pelo Pato Fu.

Independente do que foi solicitado, da aceitação do público e de qualquer crítica que surgir, a produção do vídeo revelou um grupo sintonizado, as habilidades de cada integrante que talvez nem sabíamos existir e principalmente a oportunidade de experimentar opções diferentes sem a pressão por resultados ou lucros. Realmente foi muito divertido!"
 
Até a próxima postagem, pessoal! 

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