Existem lugares (imaginários ou não), os quais constantemente revisitamos, seja para reativar nossa memória, reencontrar um ente querido não mais presente, ou para reforçar a identificação, a empatia em relação a eles. No caso, a releitura de "O Diário de Anne Frank" foi motivada por um quarto fator: a vontade de reativar a memória a respeito de como uma adolescente da época conseguiu manter-se relativamente resiliente, mesmo sob o contexto de viver, por praticamente 2 anos, em uma privação de liberdade, fugindo de uma condenação por algo puramente segregacionista: a sua origem. Anne, com 15 anos de idade, relata, além do dia-a-dia do chamado "anexo", com sua esperada rotina e impossibilidade de comunicação direta e espontânea com o mundo exterior, diversas reflexões a respeito de convivência, política, rumos da II Guerra Mundial (o contexto se passa nos anos de guerra), expectativas para o fim deste conflito, dificuldades, escassez de alimentos, conflitos, enfim....
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