Entre Irmãos - Resenha Cinematográfica

Olá, pessoal.

Segue abaixo mais uma resenha cinematográfica... desta vez do magnífico "Brothers" (Entre Irmãos), estrelado por Tobey Maguire (de "O Homem Aranha"), Jake Gyllenhall e a sempre bela Natalie Portman.


Quando Michael Moore, na porta do Congresso americano, constrangia os “nobres deputados”, instando-os a enviar seus filhos ao “front” do Afeganistão (em “Fahrenheit 11 de Setembro”), duas correntes principais formaram-se, tanto para criticar, quanto para apoiar esta atitude.


Infelizmente, a sucessão de governantes americanos, incluindo aí Barack Obama, parecem acreditar que o poderio bélico e intimidador da máquina militar americana é a melhor solução para a luta antiterrorismo.


Dentro da linha de mostrar a realidade cruel da guerra, o filme “Entre Irmãos” (eu o assisti em DVD hoje), centra a sua trama em uma família feliz, que tem o seu chefe (capitão Cahill, interpretado por Tobey Maguire), como um fuzileiro naval que sazonalmente vai servir o país, deixando esposa e filhas em uma situação de contínua aflição. Tudo isso permeado por um irmão severamente afetado por um passado criminoso (Tommy, personagem de Jake Gyllenhall).


Por ter seu helicóptero abatido, todos os familiares recebem a notícia de sua morte, pelo rito comum de visita de oficiais à residência da esposa. Por conta disso, Tommy começa a assumir um papel de “pai”, perante as duas meninas agora órfãs, outrora sobrinhas distantes.


Há muitos ingredientes que conseguem justificar a chamada “síndrome de guerra”, e por isso o filme é envolvente. Mostra também que uma carreira militar de sucesso, pode não ser assim para com os filhos, pois eles não absorvem necessariamente aquela capacidade de resistência perante fatos traumáticos, típicos deste contexto: companheiros mortos, feridos, inválidos.


Hoje temos guerras alimentadas por aparato tecnológico, como a recente investida dos “hackers” aos sites de grandes corporações, protestando pela prisão do fundador do Wikileaks.



Quiçá, depreendendo o lado bom desta investida, governos dos países mais ricos do mundo consigam substituir o ganho da indústria armamentista (em dinheiro, não em vidas), pela tecnologia, para combater então o terrorismo sem derramamento de sangue e destruição de estruturas familiares. Dos dois conflitos em paralelo abordados em “Entre Irmãos”, um é perfeitamente evitável: a guerra. O outro (membros subversivos ou desajustados), seja em menor ou maior grau, sempre existirá no seio de uma família, mas pode contar com mecanismos pacíficos e de amor puro, sem um regime disciplinar permeado por uma “lei marcial” para a sua resolução. Esta foi a impressão principal, dentro da minha sensibilidade perceptiva, que o filme transmitiu.

Até a próxima postagem, pessoal!

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