Minhas Resenhas Cinematográficas - As Sete Máscaras da Morte (Theater of Blood)


Olá, pessoal.

Este filme é da década de 1970, mais precisamente 1973, e apresenta-nos um ator que ficou eternizado por suas interpretações ligadas ao gênero terror, Vincent Price. Como bom admirador de cinema, decidi fazer esta resenha, relembrando até os tempos em que indicar acervo fazia parte de meu trabalho cotidiano...

“Ser ou não ser, eis a questão”, talvez seja a fala mais conhecida das personagens de William Shakespeare, de Hamlet.

Introduzi esta minha nova resenha para falar a respeito de um filme pouco conhecido, mas estrelado por um ator notório em seus papéis no gênero terror: Vincent Price. “As Sete Máscaras da Morte” nos proporciona uma aula de atuação, sarcasmo e até mesmo das obras do bardo inglês, em uma cronologia inteligente de crimes, sempre tendo como alvo os ofensores do ator Edward Lionheart (interpretado por Price), críticos que, com sua rispidez ferrenha, destituíram o posto quase certo do Prêmio dos Críticos, destinando-o a um novato, William Woodstock, personagem que apenas é citada na trama, mas não faz parte de cena alguma.

Com o pretexto da humilhação e da mácula, rodeia-se de personagens também estranhas para conseguir construir seu plano de vingança. Com isso, reproduz passagens de obras-primas como “Tróilo e Cressilda”, onde, na interpretação da tragédia grega, Aquiles perpassa uma lança na garganta de Heitor, que suplica para que seu corpo seja velado de forma honrosa, o que é negado: sendo assim, a morte é consumada e o corpo é amarrado a uma biga, arrastado, para que toda Tróia pudesse presenciar este momento. Analogamente, no roteiro de crueldades deste ator frustrado, um dos críticos é, posteriormente ao golpe mortal, amarrado à crina de um cavalo e arrastado em direção ao féretro de outro colega, assassinado anteriormente.

“Um ator excelente ilumina o presente e o passado”: esta é uma passagem dita durante o filme e que atesta fielmente o desejo de Lionheart (Coração de Leão): reparar um erro cometido e deixar um legado presente onde a interpretação das obras sheakespeareanas deve transcender o palco e expandir-se às vicissitudes da vida real.

Embora esporádicas e coadjuvantes, as aparições de sua filha, Edwina (interpretada por Diana Rigg, atriz de teatro condecorada à época e que participou de “007 – A Serviço Secreto de Sua Majestade”), também são marcantes e enigmáticas, pois não deixam explícitas quanto ao seu lado de julgar a sucessão de assassinatos cometidos. Também há de se ressaltar os trejeitos engraçados dos inspetores policiais líderes da investigação, bem como do fã canino, Meredith (interpretado pelo ator Robert Morley), para temperar ainda mais o tom de ironia que permeia o filme, apesar do típico “banho de sangue” em determinadas passagens."

Espero que apreciem esta crítica e... até a próxima postagem, pessoal.

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