Minhas Resenhas Cinematográficas - Capitalismo: Uma História de Amor


Olá, pessoal! Yes, we can! (Será mesmo?)


No momento que o mundo poderia estar renovado, cheio de esperanças por mudanças, presenciamos uma antítese muito intrigante a respeito do posicionamento político do Sr. Barack Obama: ao mesmo tempo que prega a isonomia de relações entre o Brasil e os EUA, durante a sua visita às terras tupiniquins, autoriza seus caças e navios a despejarem bombas sobre o território líbio, a pretexto de proteger as tropas rebeldes ao governo de Kaddafi.

O que está por trás disso realmente é o espírito de proteção aos pobres e oprimidos? Talvez não, pois este país situado no Norte da África é rico em petróleo. Já em 2006, produzia cerca de 1,72 milhão de barris/dia, segundo dados do site indexmundi (http://www.indexmundi.com/).


Este preâmbulo serve para analisar o mote do mais recente filme de Michael Moore, o polêmico diretor americano, chamado "Capitalismo - Uma História de Amor". Com ingredientes que mesclam o lado irônico e o trágico, trata-se de um filme eficaz para traçar as crueldades que este sistema engendra na vida de cada um de nós. Sob o mote da "livre iniciativa", os capitalistas se defendem, associando-a à democracia, pois ambos permitem que façamos a escolha do tipo de trabalho que cada um de nós deseja.


Porém, por conta de um arrocho fiscal promovido há muitos anos e pela prática do "downsizing" realizada inclusive na cidade natal de Moore (Flint - Michigan), que custou a desintegração da fábrica da General Motors, ele demonstra que o capitalismo na realidade aprisiona e proporciona injustiças, engordando os cofres de grandes conglomerados financeiros.


Mostra também que nas entranhas do governo americano, persiste a ação destes mesmos conglomerados. Isto porque, pela implantação constante da cultura do medo, este mesmo governo incute na mente do cidadão comum que, se não houver ajuda oficial para salvar o sistema financeiro, haverá um colapso no país. Senha inequívoca para transferir aproximadamente US$ 800 bilhões para bancos, montadoras e seguradoras, que enriquecem cada dia mais.


Também, do lado cruel e dramático da história, mostram-se casos onde parentes de ex-funcionários (falecidos), acabam não sendo os beneficiados pelos seguros realizados pelas empresas, mas sim os próprios conglomerados. Moral cruel da história: torna-se lucrativo para elas a morte de seus funcionários...


Enfim, tanto do lado cômico, quando do lado trágico, trata-se de um documentário importante para ver e debater, pois, aparte as críticas, nos sugere, em alguns momentos, ações simples que podem ser tomadas para proporcionar melhor distribuição de renda entre as pessoas.

Até a próxima postagem, pessoal!

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