A Política Sob Alguns Aspectos da Obra de Maquiavel ("O Príncipe")

"Mas a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela." (Maquiavel)


Nicolau Maquiavel foi um historiador, poeta, diplomata e músico de origem florentina do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento da ciência política moderna, tendo como principal obra "O Príncipe", onde retrata a política como realmente ela é e não de uma forma idealmente composta.



Assistimos "de camarote" os mais recentes acontecimentos ligados à política global e local e estamos realmente estarrecidos com a sucessão de fatos, que não nos dão sequer fôlego para analisá-los em profundidade. 

Uma coisa realmente é certa: a principal "reforma política" a que nossos membros dos três poderes (Legislativo, Executivo, Judiciário) deveriam conduzir, seria a chamada "reforma íntima", onde princípios e valores como generosidade e solidariedade deveriam vir à tona nas análises das prioridades de condução de projetos em suas respectivas pautas. 

Nos discursos, nos deparamos primordialmente com críticas entre membros de esquerda x direita, ligadas à corrupção que ambos lados alegam ser do universo de seu adversário. Isso acaba ofuscando ações que seriam necessárias dentro da atmosfera do poder ligada aos poderes, resultando na recorrência de problemas, ano após ano, como por exemplo as enchentes de verão. 

Em um dos fundamentos do livro é passada esta mensagem de que o gestor deve ter sabedoria, habilidade e capacidade de análise para prevenir problemas. Pois com o passar do tempo, apesar de ter mais facilidade em diagnosticá-lo, o outro lado da moeda apresenta-se: a dificuldade de resolução (insolvência). E sabemos que, em outros campos do conhecimento humano, como a medicina, isso é primordial. 

Por isso, de certa maneira acabamos tendo a necessidade de complementar outra afirmativa dele: a de que "governar é fazer acreditar". O ato de tentar ser factível, crível, é contínuo, e torna-se mais intenso em anos eleitorais, como este que viveremos em 2024 (eleições municipais), de forma a presenciarmos uma divulgação muito mais intensa de iniciativas dos gestores via intensa publicidade.

Acreditamos nas boas intenções, expressando isso por meio do voto e eleição dos respectivos prefeitos e vereadores, porém à medida que o ciclo se renova e a nova legislatura se desenrola, promessas massivamente difundidas durante as campanhas não são cumpridas, fazendo-nos refletir o quanto a crença depositada na mudança foi válida, dada a persistência das dificuldades encontradas de nosso cotidiano. 

"Mais importante do que ser, é parecer ser..." 

Para muitos isso (usando novamente a palavra, mas tentando não ser prolixo...) parece ser uma contínua realidade de fato...










Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Resenha Literária - "Na Rua" (Maurílio de Sousa) - Editora Essencial

Levando Sempre Comigo Em Todo Campo Que Vou... - Marketing de Oportunidade Bugrino?

São Paulo - 470 Anos - Vastidão Econômica e Cultural x Desigualdades Sociais