Resenha Cinematográfica - "Garfield - Fora de Casa" (2024)

Para começar (e isso você perceberá ao assistir), este é um filme que nos dá "fome" de assistir, não somente pela admiração que temos em relação a este gatinho cor de laranja e a curiosidade associada a ele, mas também pela ênfase ao seu prato predileto em muitos momentos. Por conta disso, literalmente ou não, desperta nosso apetite voraz...

O filme me deixou muito satisfeito porque além da diversão proporcionada não apenas pelo Garfield, mas também pelas sacadas inteligentes do companheiro Odie, o cãozinho, procurou, à sua maneira, deixar algumas lições importantes sobre convivência, esperança, perdão e diálogo. Isso centrado em algumas situações importantes: o relacionamento de Garfield com seu pai, Vic, o carinho de Jon quando se depara com o desamparo do gatinho em sua infância e também a paixão não resolvida de Otto (o touro), que parece imprimir uma "seriedade engraçada", quando lidera o grupo em sua missão principal dentro do filme e também a vilanice charmosa de Jinx, a gata, rudeza essa que na realidade esconde uma intenção de pertencimento ao grupo...


  



Neste sentido, por reunir vários aspectos (diversão, sensibilidade, aventura, abordagem de aspectos comportamentais humanos) e pelo fato de não ser um desenho, por minha ótica, que não arranca muitas gargalhadas, pode ter diferentes aceitações e reações, conforme o público a que se propõe. Eu dividiria em alguns segmentos, conforme descrição abaixo:

1. Adultos (sem crianças): considerando a relação de equilíbrio entre os aspectos da diversão, admiração pela personagem principal e aspectos de relacionamento, é um filme válido até mesmo para reflexão sobre isso em relação a um ente querido ou amigo.

2. Pais (com crianças pequenas): como já dito, o filme não arranca risos efusivos, têm as suas situações de "pastelão" puro, como aquelas quedas de vários metros de altura nas quais você se esborracha todo e depois volta ao seu estado normal de temperatura e pressão, que anima os pequenos, além da parte gráfica que é excelente. Porém, dada uma certa densidade das tramas que permeiam a história, acaba não sendo tão cativante assim para os pequenos, para as cerca de 1h40min de duração.

3. Fãs incondicionais: estes não limitam a sua predileção a um fator ou outro, sendo válido, neste caso, o fato de acompanharem todas as publicações ligadas ao gato mais guloso e preguiçoso do mundo, nem que para isso precisem recorrer às segundas-feiras (dia não muito apreciado pelo Garfield). 

Também é legal constatar que nem tudo é o que parece ser: fica essa lição. A sisudez do Otto na realidade esconde um coração sem limites, o aspecto assustador de Roland, oculta um espírito de equipe aguçado, o lado fofinho e preguiçoso de Garfield uma determinação na busca de objetivos. Então a aparência não determina aquilo que somos capazes de realizar, conseguimos depreender este ensinamento durante as cenas. 


Toda esta dinâmica misturada rendem um filme legal de se ver e que reforça o lado bom em estar em família e concluir que no respeito às diferenças conseguimos agregar, construir e alcançarmos o objetivo de um bem-estar duradouro. E que mesmo na geração de conflitos, a exposição de pontos de vista não significa uma ferrenha oposição, mas sim, um ponto de vista diferente em relação ao assunto em voga. 

Os gatinhos enfim são aqueles mascotes que nos apegamos muito e até incorporamos alguns de seus costumes. Se não os temos conosco (este é o meu caso) acabamos conhecendo pessoas que os têm como pets e gostam de comer lasanha. E que cá para nós, são muito queridas por nós também...

Até a próxima postagem pessoal!

Comentários

Nathy disse…
Eu assisti o filme com minha filha e gostei! Confesso que já tava me dando sono, considerando que eu fui num final do dia, após tarde de trabalho, rsrrs. Mas vale a pena! Esse gatinho é clássico e conquista a todos, rsrs

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