Resenha Episódio "Rostos" (Capítulo 14 - Temporada 2) - The Good Doctor - Cara, Rosto, Face... Verdadeiras Identidades?
Face,
identidade, rosto, cara... nosso "cartão de visitas" não se restringe
a um grupo de palavras, semelhantes entre si. Mas é evidente, por outro lado, a
relevância do contato visual no sentido de estabelecermos uma primeira
aproximação com uma outra pessoa.
A vaidade, em especial aquela potencializada na juventude e fomentada por
muitos cliques provenientes dos tão aguardados "likes" do Instagram e
redes sociais afins, tem no olhar,  visão, o sentido mais primário de
avaliação. Porque nossa aparência e o estado puro de felicidade rendem muitos
cliques, curtidas ou engajamento (não necessariamente nessa ordem). E podem
resultar em benesses monetárias também.
Mas agora, com a chamada era da informação justamente, e a maneira como
opiniões, comentários, tendências e modismos são disseminados, o lado nocivo e
que requer cuidados de nossa parte aflorou, por duas vertentes principais: o
chamado "cyberbullying" e os crimes digitais como o
"stalking" por exemplo. Isso constrange, intimida e se não for levado
a sério pode causar sérias implicações dentro da juventude especialmente.
Esta análise toda me veio à mente após assistir um episódio da série "The
Good Doctor", envolvendo uma situação delicadíssima, na qual uma jovem
acidentada em plena adolescência, precisa decidir, juntamente com seus pais e a
mãe de outra adolescente, se consente com um transplante.
Mas aí a questão toma uma vertente mais delicada porque a mãe da adolescente
com morte cerebral não tem que decidir somente quanto à doação de um órgão...
mas sim do rosto de sua filha para a outra, com uma séria deformidade.
Os motivos pelos quais quis escrever a respeito deste assunto versam sobre
algumas análises e pontos emocionantes que ficam após assistirmos: como lidar
com esta transferência de identidade de um ser humano para outro sob a ótica de
dois pais e uma mãe? Como refrear, nesta época em que a faceta de crueldade do
ser humano parece estar mais latente, a insistente tomada de caminho de grupos
de adolescentes em direção à nociva iniciativa do "bulliyng"?
Conscientização seria a única solução para isso ou a responsabilização não
apenas de pais e responsáveis (em caso de menores de idade envolvidos) traria
um caminho para a quase total dissolução destas ocorrências?
Por fim, vale ressaltar como contraponto o alívio em saber que ademais do belo
conceito de "corredor de honra" que foi exibido no episódio, a atitude
e o engajamento por trás dele foi emocionante. E nos faz crer que plantar o bem
faz sempre gerar frutos do bem...

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