Amigo Silencioso... Mas Cheio de Palavras!

Desde pequenos nós ouvimos falar que o cão é o melhor amigo do homem. Eu não posso falar por experiência própria, pois nunca tive este animalzinho de estimação, porém, por ter presenciado e convivido com algumas pessoas que os têm, posso acreditar de certa forma que isso tem muito de veracidade. 

Então, motivado pela data de ontem (29 de outubro), me vi impelido a pensar: "quem poderia, afora o ser humano, ser o meu melhor amigo"? Vamos dizer assim: quem poderia ser um melhor amigo "alternativo" em minha história de vida? 

Encontrei a resposta. Este amigo (cujo nome não citarei diretamente aqui) é um grande frequentador de minha casa, mas ao mesmo tempo mora comigo. É como água: assim como ela, mata a minha sede, com a diferença que esta não se refere a um líquido precioso. É como o alimento, mas aqui deixa muito mais minha alma e meus pensamentos satisfeitos do que propriamente o estômago...

Literalmente não fala, mas transmite centenas de mensagens, ensinamentos, compartilha pensamentos e afasta da solidão. Consegue nos aconselhar, aconchegar e até mesmo minimizar eventuais enfermidades. Podemos viajar para quaisquer destinos ao redor do globo junto com ele, pois a sua predileção independe do ponto geográfico: o fator mais importante é estar ao nosso lado (assim ele fica plenamente satisfeito). 

Com todos estes sinais/dicas, foi possível decifrar quem seria este amigo? Está bem... será dada uma pista final: não precisaremos de muito mais páginas para descrever seus atributos, tampouco marcadores para nos lembrarmos de nossa felicidade em encontrá-lo... Sim, o amigo em questão é o livro, que no último dia 29 de outubro comemorou o seu dia nacional. 


No meu caso, conforme citado, alimento-me de suas palavras para inspirar, refletir e acalmar. Pode parecer um tanto quanto previsível dizer também, mas afirmo que "viajo sem sair do lugar", pois ao depender da trama, aguço minha imaginação e me tele transporto a lugares inimagináveis, colocando-me na história tal como um de seus protagonistas. 

E nesta era de Inteligência Artificial, boa parte da inteligência "real" que busco está nos livros físicos. O ato de folhear as suas páginas, carregá-lo comigo para quaisquer cantos, me deixa muito feliz. Mas, munido de uma curiosidade que a data despertou, recorri a ela para sugerir uma lista de 50 clássicos ditos "obrigatórios" da literatura mundial e para minha reflexão e surpresa, constatei duas situações interessantes: uma parte significativa deles ainda não li (apesar de conhecer os títulos e autores) e por outro lado, há obras já lidas, mas que não estão ainda frescas na memória e que agora relembradas, fui incentivado a colocá-las em meu "cronograma cultural", para uma breve retomada... 

Da primeira situação, cito como exemplos (títulos e respectivos autores):

O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald
O Velho e o Mar - Ernest Hemingway
O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde

Da segunda, cito:

1984 - George Orwell
Dom Casmurro - Machado de Assis
O Príncipe - Maquiavel

Pois bem: parafraseando uma velha canção, posso afirmar que "nesta longa estrada da vida", apesar de não correr constantemente na forma de condicionamento físico, preciso praticar este hábito, pois "não posso parar" de me engrandecer culturalmente e como ser humano, pela navegação de páginas tão valiosas... 

Que todos tenhamos uma boa e constante leitura. Viva o livro!

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